quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LÍDIA BAÍS


Nascida no dia 22 de abril de 1900, Lídia Baís foi uma pessoa que sempre esteve à frente do seu tempo. É dessa maneira que a responsável pelo museu, localizado na Morada dos Baís e batizado com o nome da artista plástica, define esta que foi uma “pequena grande” mulher. Pequena, pela baixa estatura: a filha do célebre benfeitor do então vilarejo de Campo Grande, Bernardo Franco Baís, media apenas 1.45 m de altura. E grande pelo importante legado que deixou às belas artes não só da Capital, como também do estado de Mato Grosso do Sul, que há cerca de dez anos, tombou as telas da artista como patrimônio estadual.
“Lídia vivenciou os anos 10, 20 e 30, e já nessa época discutia sobre a questão da inclusão social, que era uma coisa que ninguém sabia direito do que se tratava. Além disso, apesar de ser muito católica, procurou conhecer e entender outras religiões, como os rosa-cruzes e a umbanda. E estes esses elementos místicos serviram de forte inspiração para suas pinturas e encontram-se presentes em boa parte de suas obras”, explica Janine Tortorelli, a responsável pelo museu Lídia Baís.

JORAPIMO


Morre aos 71 anos, o artista plástico Jorapimo


       Nascido em Corumbá, em 24 de novembro de 1937, José Ramão Pinto de Moraes, o Jorapimo (fusão das duas primeiras letras de cada nome do pintor), começou a pintar aos 14 anos inspirado pelas embalagens de medicamentos que traziam obras de grandes artistas como Van Gogh e Cândido Portinari. Aos 20 anos, decidiu mudar de cidade.
      Foi morar em Campinas - São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Em uma entrevista ao Diário, o artista lembrou que o reconhecimento de sua arte ocorreu em virtude de sua ousadia pessoal. "Eu estava em um café de Campinas e ouvi dois americanos conversando sobre a abertura do Centro Cultural Brasil - Estados Unidos. Eles debatiam sobre potenciais atrações para o espaço. Pedi licença, entrei na conversa e propus uma exposição de artes. Foi um sucesso”, relembrou. Assim, Jorapimo divulgou seu trabalho e ganhou reconhecimento internacional.

HENRIQUE SPENGLER

     O brasileiro Henrique Spengler (1958 - 2003) foi Diretor de Cultura da Prefeitura Municipal de Coxim, MS. Formou-se em Educação Artística pela FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado (1981) e era pós-graduado em História da Arte. Membro ativo de associações em favor da cultura indígena criou uma nova visão contemporânea ao reinventar imagens baseadas nas abstrações das cerâmicas, couros e tatuagens da tribo Kadiweo-Mbayá, originária do Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Era um artista neo-nativista muito original, tendo desenvolvido a técnica em gravura “cotton”, que consiste em imprimir no papel suporte valendo-se de um lençol como matriz. Participou de diversas exposições e salões, tendo sido premiado várias vezes. Recebeu o “1º Prêmio em Gravura” no 3º e 5º Salão de Artes de Dourados, MS. Participou da exposição “Por uma Identidade Ameríndia” em Assunção, Paraguai, e em La Paz, Bolívia. As gravuras do artista
são releituras da simbologia nativa “Guaicuru”.
       

ANA RUAS

Ana Maria de Castelo-Branco Gago da Câmara do Botelho de Medeiros (n. Lisboa, 27 de Janeiro de 1936), mais conhecida por Ana Maria Botelho, é uma pintora, filha de José Honorato Gago da Câmara de Medeiros, 3.º visconde do Botelho.
            
Iniciou os seus estudos de pintura com os Mestres João Reis e Eduardo Malta. Cursou Formation generale en Philosophie des Arts et Sciences no Institute de Mortefontaine, em Paris, cidade onde se licenciou em Artes Plásticas pela Escola Superior do Louvre.
Depois de participar em diversas exposições colectivas em Paris e Roma, fez a sua primeira exposição individual em Lisboa, na galeria do S.N.I. em 1963. No ano seguinte, recebeu o Prémio Revelação de Pintura Portuguesa dado pela imprensa. De lá até hoje, foram inúmeros os locais onde expôs em Portugal e no estrangeiro.
Está representada em inúmeras colecções particulares e museológicas, em Portugal e no Mundo. A Fundação Calouste Gulbenkian é exemplo entre outras, da atenção devotada pelas instituições de prestígio a esta <rtista possuindo no seu acervo, quadros de três fases distintas da sua obra.
Além de artista plástica, é autora de dois livros de poesia - Varanda sem casa e Céu de linho, publicados respectivamente em 1968 e 1971.
Por mérito cultural, a cidade de Loures deu o seu nome à rua onde vive e tem o seu atelier. Ana Maria Botelho é das poucas portuguesas que constam no Dicionário das Mulheres Célebres da Lello Editores.

EVANDRO PRADO

Evandro Prado Martins nasceu na Cidade de Santa Cruz do Sul, interior do Rio Grande do Sul, no dia 11 de agosto de 1970. Começou ainda criança a demonstrar uma grande vocação para a música, quando, aos 8 anos, teve pela primeira vez um violão a sua frente.

Dois anos depois, entrou em um curso de violão oferecido pelo colégio São Luís, onde estudava. Vieram então os festivais de música, e aos 11 anos, ganhou o primeiro lugar como intérprete, cantando “Milonga”, do compositor nativista Pedro Ortaça. Isso o motivou cada vez mais a continuar estudando, até que, aos 14 anos, montou uma banda de rock com mais três colegas. Era a
Banda Viúva Negra. Evandro era o vocalista e guitarrista-solo. Com a sua banda de rock, fizeram muitos shows pelo interior do Estado. Por dois anos consecutivos, ganhou o primeiro lugar no Festival Sul Encanto, promovido pela RBS TV (Afiliada Rede Globo ).

Após 5 anos com a banda, partiu para uma carreira solo. Estudou piano, teclado e canto lírico, além do violão e guitarra que já eram seus instrumentos principais. Como intérprete e compositor, aprimorou o seu repertório cantando em 5 idiomas os maiores clássicos da música mundial, interpretando canções que ficaram famosas nas vozes dos Tenores
Plácido Domingo, Luciano Pavarotti, José Carreras, Andrea Bocelli, até sucessos populares de Elvis Presley, The Beatles, U2, Bee Gees, Frank Sinatra, entre outros.

CONCEIÇÃO DOS BUGRES

Seu nome é Conceição Freitas da Silva. Dos rápidos golpes de facão e machadinha vão surgindo da madeira bruta os "bugres de Conceição", principal escultora de Mato Grosso. Com profunda necessidade de fazê-los para satisfazer sua criatividade e garantir-lhe a sobrevivência, os bugres aparecem, basicamente, com a mesma seriedade com que ela prepara a comida ou varre o chão. Evidentemente, o fato não é notado pela artista, que não vê nessas figuras nenhum vestígio de deformação mas, pelo contrário, identifica-se com elas. Como elas os bugres são rudes. Também são as mesmas, a pureza e a simplicidade.

Conceição, começou a trabalhar a madeira, quando um dia se pôs debaixo de uma árvore e por perto tinha uma cepa de mandioca. Esta cepa tinha cara de gente para ela. Pensou em fazer uma pessoa e a fez. Logo depois a mandioca foi secando e foi se parecendo com uma cara de velha, ela pensou. Gostou muito e depois passou a trabalhar a madeira.
Entrevista de 1979: Como chegou a usar a cera nos seus bugres? - Uma vez eu sonhei que o Abilio (seu marido) foi ao mato e trouxe bastante mel; logo pensei em tirar a cera. Espremi ligeiro e pus no fogo a ferver. A cera ficou bonita, amarelinha e então eu peguei um pincel e comecei a passar cera nos bugres. No dia seguinte mandei I Ilton (seu filho) comprar a cera. eu ja sabia do efeito através do sonho, ja havia gostado.

HUMBERTO ESPÍNDOLA


Humberto Augusto Miranda Espíndola (Campo Grande, 4 de abril de 1943) é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário.
Espíndola apresenta o tema Bovinocultura em 1967, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília. No mesmo ano é co-fundador da Associação Mato-Grossense de Arte, em Campo Grande, onde atua até 1972. Em 1973 participa do projeto e criação do Museu de Arte e Cultura Popular (que dirige até 1982) e colabora com o Museu Rondon, ambos da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. Em 1974 cria o mural externo, em pintura, granito e mármore, no Palácio Paiaguás, sede do governo estadual de Mato Grosso, e em 1983 é co-fundador do Centro de Cultura Referencial de Mato Grosso do Sul. Em 1979 colabora com o livro Artes Plásticas no Centro-Oeste, de Aline Figueiredo, que em 1980 ganha o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Em 1986 é nomeado primeiro secretário de cultura de Mato Grosso do Sul, permanecendo no cargo até 1990. Em 1996 cria o monumento à Cabeça de Boi, em ferro e aço, com 8 m de altura, na Praça Cuiabá, Campo Grande.
Humberto Espíndola realizou várias exposições, no Brasil e em outros países. Ganha vários prêmios, incluindo o prêmio de melhor do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte. Possui obras em museus como o Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.